Este ano ficará marcado na história devido a pandemia do novo coronavírus, decretada em março pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que alterou hábitos e comportamentos. O chamado “novo normal” envolve o uso de máscara, constante higienização, isolamento social etc.
Com isso, o departamento de Recursos Humanos começou a conviver com desafios que envolvem a adaptabilidade das pessoas, a comunicação interna, a insegurança dos profissionais sobre o futuro e muito mais.
O RH precisou se adaptar, apostando em novas estruturas e modelos a fim de garantir o mínimo de estabilidade dentro de tantas inseguranças. O cenário criou novas tendências, e o tal “novo normal” é uma aposta também para o pós-pandemia.
Quer entender mais sobre o que é o “novo normal” e como ele está afetando o RH:? Então continue lendo este artigo.
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O que é o “novo normal”?
O “novo normal” é uma expressão cunhada por Mohamed El-Erian, empresário americano, conselheiro econômico principal da Allianz. Ela surgiu para deixar claro que de fato, esta crise não é como as outras.
A COVID-19 nos revelou a incapacidade que temos diante da ausência de informações quanto às formas de lidar com a pandemia. O que sabemos apenas é sobre sua propagação.
As repercussões são de toda ordem: econômica, social, ambiental, emocional, enfim em todas as dimensões do ser humano, que serão agudizadas com o tempo. Sabemos que nada nos assegura, ainda, quanto à prevenção por vacina.
Neste momento estamos colhendo compromissos de mudança, mas mudança disruptiva, por parte dos dirigentes de empresas, profissionais de RH, lideranças em geral, bem intencionados.
Reconhecemos que a solidariedade, a ação conjunta das empresas em função de soluções ágeis a favor da luta contra o inimigo comum, COVID-19, tem trazido bons e alentadores resultados quanto à mudança de comportamento dessas empresas.
Como ficarão as empresas?
Economistas e cientistas afirmam que as mudanças apenas começaram, pois elas tendem a se intensificar ainda mais. Com as empresas reagindo a tudo isso, digitalizando suas rotinas, seus produtos e absolutamente tudo que podem, nada mais deve ser como era antes.
Pequenas e microempresas, que atendiam apenas as pessoas em seu entorno, já se aventuram no formato digital, oferecendo seus produtos e serviços por e-commerce. Essa revolução digital traz benefícios tais como, redução de preços e redução de custos fixos.
Quais serão as novas competências exigidas pelo mercado de trabalho?
Muitas pessoas que começaram a trabalhar em casa já percebem uma melhora na qualidade de vida. Isso porque o tempo que perdiam no trânsito foi minimizado. Agora elas almoçam em casa, muitas vezes de forma mais saudável. Além disso, existem outras mudanças que, provavelmente, vamos descobrir apenas quando entendermos e nos acostumarmos com tudo que estamos passando.
Mas uma coisa é certa: para estar nesse novo normal, as pessoas devem ter muito mais que um bom currículo. Precisarão ter perfil ágil, serem disciplinadas, resilientes e capacidade de se adaptarem.
Será necessário ainda ser capaz de observar o mercado e entender as tendências – isso porque, como dito anteriormente, é provável que ainda nem tenhamos iniciado as mudanças mais radicais.
Pessoas e empresas vão mudar. Na realidade já mudaram, o que significa novos comportamentos. Isso implica em novos desejos e necessidades, que por consequência implica em desenvolvimento de novos produtos e serviços para solucionar os problemas recém-surgidos.
Haverá uma complexidade maior, pois tudo é novo e ainda não sabemos o que virá. Portanto, a capacidade de solucionar problemas complexos de forma criativa será mandatória. O mindset inovador tende a ser, cada vez mais, uma condição para aqueles que querem manter-se no mercado.
Os profissionais precisam dar não mais os seus 100%, mas 150%, tornando-se mais ágeis, comprometidos, proativos e capazes de compreender a mudança como uma rotina.
O “novo normal” do RH
Para a nova realidade que estamos vivendo, o setor de RH precisa saber exatamente onde está. É fundamental fazer uma leitura sobre o seu negócio e tentar não se contaminar com o que é do outro, os “normais” serão diferentes para cada empresa.
Algumas organizações já pensam em manter o home office a longo prazo ou até mesmo de forma definitiva. Outras, recusam essa ideia porque identificaram uma queda de produtividade no período pandêmico. Tudo isso sempre dependerá de cada empresa, pois cada caso é um caso.
Por isso, entender exatamente o seu ponto de partida tornou-se algo essencial para a gestão. E só é possível fazer isso, adotando alguns hábitos como:
Análise de dados
Como sabemos, o uso de dados tornaram-se base fundamentais para as tomadas de decisões durante o período de crise.
O RH é detentor de uma série de dados exclusivos: o histórico de performance dos colaboradores, a taxa de presenteísmo e absenteísmo, o clima organizacional, o andamento das metas globais etc.
É fundamental ter embasamento para conseguir agir e ter uma gestão de pessoas realmente relevante.
Comunicação interna
Com a obrigatoriedade do isolamento social para garantir a segurança dos colaboradores, muitas empresas aderiram ao home office.
Assim, novas medidas, hábitos e frequências foram criadas, todas pautadas pela comunicação interna.
Para manter os colaboradores cientes das atitudes da empresa, dos caminhos que estavam sendo tomados no momento de crise foi uma maneira de trazer garantia e segurança para os profissionais.
Modalidades de trabalho
Embora o home office fosse uma tendência em crescimento, muitas empresas têm dificuldades para implementá-lo.
A cultura do presencial é algo que ainda sofrerá mudanças no futuro pós-pandemia. Algumas empresas já sinalizaram que vão adotar o trabalho em casa como parte da organização, apostando na produtividade alcançada em tempo de crise.
Foco na eficiência operacional
Para o lado empresarial, a crise econômica trouxe um aprendizado importante sobre a eficiência operacional: a capacidade de manter sua entrega, mesmo com um quadro mais reduzido de trabalhadores.
Porém toda essa eficiência, não pode comprometer a saúde dos colaboradores. Foi preciso, portanto, proporcionar um ambiente seguro e minimamente estável.
O que não quer dizer que as empresas não contratarão no futuro pós-pandemia, mas que vão conseguir fazer com que os colaboradores atuem de forma mais eficiente e saudável dentro de seu ambiente de trabalho.
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Ele veio para ficar
O novo normal do RH durante a pandemia trouxe aprendizados relevantes sobre o investimento em tecnologia e o olhar mais humano. Além disso, conseguiu engajar os colaboradores de forma mais natural e orgânica, oferecendo um cenário estável, saudável e próximo.
Isso porque quando a empresa conhece os colaboradores pode, aproveitar melhor seus talentos e equilibrar os setores menos produtivos. Para isso, é fundamental saber lidar com os perfis diferentes dentro da empresa.
Você já se sente preparado? Quais tendências ainda estão por vir? O que esperar após uma pandemia global? Talvez o que para alguns, pareça ser estranho e só uma fase, na realidade é o novo normal.
