É importante reconhecer em qual tipo de cultura organizacional sua empresa se encontra, pois dessa forma é possível compreender como é a relação entre liderança e colaboradores e dar orientação para que todos rúmen a um mesmo objetivo.
Neste artigo você vai entender quais são os tipos de cultura organizacional mais utilizados e que foram mostrados pelo especialista em behaviourismo Charles Handy em seu livro “Como compreender as organizações”, de 1976.
E também vai conhecer outros tipos de cultura organizacional, como eles funcionam dentro das empresas e assim descobrir em qual deles sua companhia se encaixa.
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Cultura do poder
Nesse tipo de cultura organizacional a liderança é centralizada no administrador e a empresa apresenta um formato de teia. Geralmente esse tipo de cultura ocorre em pequenas empresas.
Os funcionários são orientados a alcançar resultados, o que pode causar competição entre eles, podendo gerar conflitos internos.
Por isso o crescimento da empresa fica limitado, não permitindo o crescimento e desenvolvimento de sua equipe.
Os colaboradores tem dificuldade em desenvolver habilidades e competências, pois encontram barreiras para a implantação de atitudes inovadoras.
Enquanto que a liderança geralmente é patriarcal, carismática e impulsiva e mesmo que haja uma tentativa de inspiração as recompensas são oferecidas de acordo com o nível de interação com o líder.
Por isso acaba cada um pensando apenas em si mesmo e o coletivo geralmente não é considerado, assim há a ausência de princípios éticos e profissionalismo.
Cultura de papéis
Já esse tipo de cultura organizacional tem como foco principal o desempenho dos colaboradores, trabalhando através da lógica e racionalidade.
É mais comum ver esse modelo em oligopólios e monopólios, que o escolhem para ter mais clareza nos fluxos de trabalho e assim evitar erros e acidentes.
Os processos são bem estruturados, no entanto são pouco flexíveis. Os níveis hierárquicos também são bem estabelecidos e não há espaço para sugestão de novas ideias e aprimoramento das atividades.
Cada funcionário faz apenas o que está determinado para ele. Por isso a execução do trabalho tende a ser mais lenta e os profissionais acabam ficando acomodados, não se importando em se desenvolver.
Também há pouca interação entre os colaboradores e setores, o que acaba prejudicando a solução de problemas.
Além disso, a liderança não dá espaço para os funcionários sugerirem novas ideias.
Cultura de tarefas
Esse modelo como o nome já diz é focado nas tarefas, por isso tem profissionais específicos para realizar as atividades para adquirir conhecimento.
Os funcionários têm como objetivo solucionar problemas e estão aptos a lidarem com diferentes tipos de situação.
Por isso a empresa é mais flexível, sendo que o ritmo depende dos acontecimentos. Assim os profissionais têm mais liberdade para agir e se sentem mais motivados no trabalho.
Nessa cultura organizacional a criatividade também é valorizada, até mais que as regras, pois o que realmente importa são os resultados.
Cultura de pessoas
Esse tipo de cultura organizacional se foca nos interesses dos colaboradores, sendo que eles são muito valorizados. É possível ver esse modelo em empresas novas, principalmente as startups, onde há pouca hierarquia e o trabalho é autogerenciado.
Há uma integração maior entre as equipes, sendo que os profissionais tem a possibilidade de se desenvolverem. Eles têm liberdade para sugerir ideias e ainda contam com um bom plano de carreira.
Os gestores têm como objetivo reter talentos e formar líderes para continuarem seu legado.
No entanto esse modelo pode acabar se esquecendo de outros aspectos como a infraestrutura e o relacionamento com os parceiros. Por isso é bom ficar atento para manter o equilíbrio da empresa.
Outras culturas organizacionais
Além das culturas organizacionais observadas por Charles Handy em seu livro também há outras culturas que foram elaboradas por outros autores e mostram diferentes aspectos da gestão de pessoas e competências.
Culturas organizacionais de Nirmal K. Sethia e Mary Ann Von Glinow
Em seu livro “Gaining control of the corporate culture”, lançado em 1985, os autores observaram quatro tipos de cultura:
- Apática – ambientes em que a liderança é incapacitada, o que gera indiferença, desmotivação e cinismo nas equipes.
- Cuidadosa – nesse modelo a empresa se preocupa com o bem-estar de seus membros.
- Exigente – essa cultura é focada no desempenho e sucesso, tendo sistemas de recompensa generosos e metas agressivas.
- Integrativa – esse modelo valoriza seus funcionários e incentiva o desempenho, sendo centrada na retenção de profissionais talentosos.
Culturas organizacionais de Frons Trompenaars
Em seu livro “Nas ondas da cultura: como entender a diversidade cultural nos negócios”, lançado em 1994, o teórico organizacional trouxe uma visão mais atual desse assunto, apresentando os seguintes tipos de culturas organizacionais:
- “A Família” – esse modelo apresenta relações mais próximas, mas preserva a hierarquia e tem como objetivo o poder.
- “Torre Eiffel” – esse tipo de cultura organizacional é parecido com a cultura de papéis, apresentando burocracia e relações impessoais, tendo predominação de lógica e subordinação.
- “Míssil Guiado” – esse modelo apresenta uma visão diferente onde a lealdade à profissão supera o comprometimento com a empresa, sendo uma cultura igualitária.
- “Incubadora” – também apresenta um sentimento igualitário e serve como incubadora para a autossatisfação e expressão.
Por que a cultura organizacional é importante para as empresas?
A cultura organizacional é o que dá direção às empresas, pois ela apresenta crenças, hábitos, valores éticos e morais e comportamentos e políticas da companhia.
Dessa forma ela afeta os funcionários, direcionando seus comportamentos. Assim ela contribui para a satisfação dos clientes e melhores resultados.
É importante que a cultura organizacional seja formalmente estabelecida, dessa forma é possível estruturar a empresa, fazer com que os colaboradores se sintam valorizados e assim aumentem seu desempenho.
Além disso, aumenta a produtividade e assegura que o trabalho seja mais sinergético e ordenado. Possibilitando que todos ajam da mesma forma em diferentes situações, assim caminhando em sintonia.
Como reconhecer o tipo de cultura organizacional da sua empresa?
Se você deseja reconhecer o tipo de cultura organizacional da sua empresa você deve analisar minuciosamente alguns aspectos de sua companhia para poder identificar em qual modelo ela combina.
A cultura organizacional é definida por três aspectos principais:
- Missão: objetivo da existência da empresa;
- Visão: onde deseja chegar em determinado intervalo de tempo;
- Valores: características que direcionam as relações de trabalho.
Esses três aspectos são importantes, pois através deles é possível se posicionar no mercado, por isso tanto os funcionários como os clientes devem estar cientes dessas características.
Outros aspectos que devem ser considerados para reconhecer a cultura organizacional são os objetivos que a empresa deseja alcançar em curto e longo prazo, pois apresentam a ligação dos funcionários aos valores traçados.
É importante que os objetivos se ajustem ao que representa a cultura organizacional da empresa, se for o contrário é necessário revisá-los.
Você também deve verificar como os processos internos são realizados, como os funcionários reagem a mudanças e o que fazem para cumprir as metas.
No entanto sua empresa pode não apresentar apenas um tipo de cultura organizacional, é possível que haja a mistura de dois tipos. É importante reconhecê-las e analisar se elas estão de acordo com os objetivos da companhia.
É importante observar também que alguns tipos de cultura causam danos à empresa, pois não incentivam o trabalho em equipe, o desenvolvimento da carreira do funcionário, a criatividade e inovação, a melhoria dos processos e o relacionamento com os clientes, entre outros.
Assim sendo é importante fazer um planejamento para definir o que deve ser feito e qual o melhor tipo de cultura organizacional que deve ser implementado.
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E como é a cultura organizacional na sua empresa?
Como você pode ver neste artigo a cultura organizacional é essencial em uma empresa, pois através dela é possível dar direção à companhia, ajudando a direcionar o comportamento dos funcionários que se basearão em nas crenças, valores éticos e morais, hábitos, políticas e comportamentos da organização.
Isso faz com que os clientes fiquem mais satisfeitos e os resultados sejam melhores. No entanto todo tipo de cultura organizacional que foi apresentado tem suas qualidades e defeitos.
Encontrada em pequenas empresas, a cultura de poder apresenta uma liderança centralizada e um formato de teia, onde os funcionários são orientados a alcançar resultados, o que pode gerar competição e conflitos internos, assim impedindo o crescimento e desenvolvimento da equipe.
A cultura de papéis já é encontrada em monopólios e tem como foco o desempenho dos colaboradores, apresentando processos bem estruturados e pouco flexíveis, o que ajuda a evitar erros e acidentes, mas ao mesmo tempo não dá espaço para o desenvolvimento dos profissionais.
Já a cultura de tarefas foca na solução dos problemas e prepara os profissionais para lidarem com diferentes tipos de situação, dando mais liberdade e mantendo-os mais motivados, no entanto não se importa com as regras, deixando-as de lado, focando apenas nos resultados.
Por outro lado a cultura de pessoas focaliza os interesses dos funcionários, valorizando-os mais e possibilitando que os profissionais se desenvolvam, porém acaba se esquecendo de outros aspectos importantes como a infraestrutura e relacionamento com os parceiros.
Por isso é bom analisar em qual tipo de cultura organizacional sua empresa se adéqua e se empenhar para solucionar os problemas que a cultura definida apresenta, dessa forma poderá haver equilíbrio e sua empresa poderá se desenvolver melhor.